A segurança no trabalho é um conjunto de normas criadas com o objetivo de zelar pela integridade física dos colaboradores, almejando um ambiente de trabalho seguro e adequado. Além de visar a redução de acidentes ou cenários que ofereçam riscos, medidas cautelosas asseguram a capacidade produtiva do funcionário e da organização.
Ao cumprir o estabelecido pelo Ministério Público do Trabalho e atentar-se à manutenção do investimento na segurança no trabalho, a empresa demonstra comprometimento, preocupação e prudência.
Compreendendo a necessidade de precauções
O foco das medidas de segurança é a proteção da vida, preocupação essa que deve ser incorporada à cultura organizacional para estar presente em todas as atividades e segmentos em que a empresa atua.
Ao tomar providências que assegurem a integridade do funcionário em serviço, minimizam-se as possibilidades de perdas por dano temporário ou permanente, que impactem a capacidade produtiva, como lesões, invalidez e morte.
Medidas de segurança corretamente empregadas resultam em funcionários executando suas funções sem prejuízos a si próprios, aos seus colegas de trabalho e à organização.
Mas afinal, o que é o Mapa de Risco?
O mapa de risco é um recurso que verifica o ambiente, podendo identificar possíveis riscos de acidentes no local. Esse recurso ajuda as empresas a identificarem e priorizarem as ameaças associadas ao seu negócio, possibilitando o mapeamento e visualização de problemas de saúde ou segurança sobrepostos em um ambiente.
A ferramenta é eficaz para a segurança do trabalho e ajuda os gestores a reunirem informações sobre como proteger seus funcionários. O recurso pode ser aplicado a vários problemas, como produtos químicos e exposição ao ruído.
Como é feito?
O mapa de risco deve ser desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com a ajuda do Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
A função do documento é representar o layout de uma empresa. Para isso, conta com figuras como círculos coloridos para marcar os lugares que podem apresentar algum perigo. Cada espaço que apresentar algum risco receberá uma indicação por cor, diferenciando assim os tipos de perigo que podem estar presentes.
Classificação de riscos que devem ser mapeados (identificados por cores):
• Vermelho = químicos: exposição a fumaça, odores desagradáveis ou tóxicos;
• Azul = acidentes: causados pela falta de organização e estrutura no ambiente de trabalho, iluminação inadequada ou quando a empresa não fornece os EPIs corretos;
• Marrom = biológicos: exposição a vírus, bactérias e fungos, além da presença de insetos ou outros animais nocivos;
• Amarelo = ergonômicos: atividades que provoquem a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), peso em excesso na realização de algumas tarefas, postura inadequada;
• Verde = físicos: umidade em excesso, ruído excessivo e temperaturas altas ou baixas demais.
Além disso, também há uma classificação de intensidade conforme o tamanho do círculo usado com objetivo de demarcar as áreas. Assim, o risco pode variar entre pequeno, médio e grande. Também é importante a inclusão de legendas, para facilitar a compreensão sobre os perigos e números que classificam os problemas. Dessa forma, os daltônicos poderão interpretar com mais facilidade.
Sendo assim, todos saberão identificar quais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) precisarão utilizar em determinadas áreas da companhia.
Quando um mapa de risco fica pronto deve ser fixado em locais visíveis, onde todos possam consultar. O propósito é conscientizar os funcionários e gestores para se tornarem mais cuidadosos. Caso seja realizada alguma mudança nos ambientes, deverá ser feita uma atualização. Assim, se acontecer alterações na planta da fábrica ou um novo equipamento que precise de atenção para evitar acidentes, o mapa de risco ainda será um guia completo.
A importância do Mapa de Risco
Para uma empresa, o mapa de risco consiste na capacidade de conter catástrofes naturais, econômicas e sociais que provavelmente comprometerão suas operações.
Embora seja impossível evitar que certos contratempos aconteçam, a prevenção contínua é a melhor maneira de controlar riscos potenciais e mitigar seu impacto. São prioritários os seguintes objetivos:
• proporcionar a infraestrutura e os EPIs adequados;
• facilitar o compartilhamento de informações entre os funcionários e gestores;
• apresentar planos de ação para evitar a ocorrência de acidentes e mitigar suas consequências;
• reunir dados importantes para diagnosticar a situação e verificar como o ambiente se encontra em saúde, bem-estar e segurança;
• fornecer aos tomadores de decisão uma visão abrangente das vulnerabilidades e fomentar a segurança para os profissionais;
• envolver os trabalhadores garante que uma abordagem coletiva seja desenvolvida, protegendo indivíduos que possam temer não serem ouvidos ou apontados pela gestão.
Além de tudo, aqueles responsáveis pelo cumprimento dos requisitos legais relacionados à segurança do trabalho e assistência médica, incluindo a criação de mapas de risco, em caso de descumprimento de alguma medida obrigatória estão sujeitos a penalidades ou mesmo punições mais severas.
Uma empresa que não faz o mapa de risco pode ser multada pelo Ministério do Trabalho, sendo o valor determinado conforme o seu tamanho. Como se não bastasse, existirá a possibilidade de sua credibilidade ser afetada se o mercado tomar conhecimento dessa situação.
Em suma: não ter um mapa de risco pode aumentar o número de acidentes de trabalho, de funcionários afastados ou manchar a reputação da empresa
Mapa de Risco e EPI: seus verdadeiros aliados
Segundo dados divulgados pela Previdência Social, atualizados até o ano de 2019, entre as principais causas de acidentes em ambiente de trabalho no Brasil estão o uso de equipamentos inadequados, utilização incorreta de EPIs e falta de fiscalização.
Daí, conclui-se a importância de medidas preventivas como o Mapa de Risco e o Equipamento de Proteção Individual (EPI), sendo essas formas eficazes de garantir a segurança de seus colaboradores e, consequentemente, a qualidade e sucesso de sua empresa.
As transformações envolvem mudanças comportamentais significativas. Abordar novas demandas e construir habilidades requer uma gestão cuidadosa. As organizações transformadas com sucesso sabem, no entanto, que as recompensas — maior eficácia de gerenciamento de riscos a um custo menor — valem a pena o desafio.